Falar sobre Operação Miríade? “Qualquer membro do Governo está sempre disposto a ir ao Parlamento”

PSD e Bloco de Esquerda apresentaram hoje na Assembleia da República pedidos de audição urgentes para interrogar ministro da Defesa sobre o caso de contrabando de diamantes, ouro e estupefacientes por militares portugueses. 

Como resposta aos pedidos de audição urgente feitos, esta quinta-feira, pelo PSD e Bloco de Esquerda (BE), o ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, disse que "qualquer membro do Governo está sempre disposto a ir ao Parlamento", neste caso para falar sobre as suspeitas de tráfico de diamantes, ouro e estupefacientes por militares portugueses em missões na República Centro-Africana. 

Mesmo estando à vontade em responder a todas as dúvidas dos partidos, Cravinho disse aos jornalistas, no evento do 30º colóquio de História Militar, no Palácio da Independência, em Lisboa, que não sabe se haverá tempo para as audições, cujos requerimentos foram entregues hoje na Assembleia da República. O ministro ainda foi questionado com mais perguntas, às quais se recusou a responder. 

De notar que ontem Cravinho recusou-se a comentar as medidas de coação aplicadas aos arguidos na Operação Miríade, uma vez que se tratam de "assuntos da esfera judicial". 

Dois dos 11 arguidos na Operação Miríade ficaram em prisão preventiva, determinou o Conselho Superior da Magistratura, esta quarta-feira. Os restantes nove arguidos ficaram sujeitos a apresentações periódicas às autoridades.

A quatro arguidos foram ainda aplicadas medidas de suspensão do exercício de profissão e a oito proibição de realizar contactos e de se ausentar do país. Entre os arguidos estão militares, ex-militares, nomeadamente Comandos, um agente da PSP, um guarda da GNR em formação e um advogado.

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