Cinco meses depois do acidente que envolveu o carro que transportava o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, e que resultou na morte de um trabalhador, na A6, o governante voltou a remeter quaisquer esclarecimentos sobre o caso para a investigação em curso e criticou o que tem sido dito sobre o caso.
“Há algo que nunca me poderão apontar, que é violar a autonomia e a independência das autoridades judiciárias, a quem cabe a investigação”, disse Cabrita, esta quinta-feira, à margem da sessão de encerramento do 1.º Fórum Portugal Contra a Violência, em Lisboa, após ser questionado pelos jornalistas sobre as condições em que ocorreu o acidente fatal.
Interrogado sobre as questões que continuam sem resposta, nomeadamente a velocidade em que seguia o veículo, Cabrita foi claro: “Essa pergunta não é a mim que me é dirigida”, considerou.
“Não é o absurdo do que dizem, esses absurdos que por aí são propalados, que são lamentáveis… A investigação está em curso, apurará as condições em que decorreu o acidente”, completou.
Recorde-se que o acidente, que resultou na morte de um trabalhador, de 43 anos, que fazia trabalhos de manutenção na A6, ocorreu no passado dia 18 de junho.
Já esta quinta-feira, dia em que se assinalam cinco meses do acidente, e ao ser confrontado com o facto de o caso continuar em segredo de justiça, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que é necessário “encurtar prazos, acelerar investigações, na medida em que seja possível não haver a ideia de que a justiça em Portugal é lenta”.