A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, pediu aos portugueses que mantenham a confiança na vacina contra a covid-19, salientando que a imunidade deve ser reforçada para voltar a estar "num patamar muito elevado".
"Quero deixar aqui bem claro para se manter a confiança nas vacinas. Sempre dissemos que não sabíamos, que era uma incógnita, quanto tempo durava a imunidade", apontou Graça Freitas, numa conferência de imprensa realizada na sede do Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde), esta quinta-feira.
A diretora explicou que "há vacinas que se levam uma única vez na vida e que dão proteção para sempre", mas há outras que precisam de reforços na infância e outras que precisam de reforços na idade adulta, referindo-se à vacina do tétano, sendo uma das que requerer reforços ao longo da vida.
"É uma excelente vacina [tétano], mas tem um prazo de duração da sua imunidade ótima. Os reforços são isso, são para reforçar melhorar, voltar a pôr a imunidade num patamar muito elevado", fazendo assim a ponte à necessidade de confiar na vacina contra a covid-19.
Interrogada sobre se Portugal vai conseguir atingir a meta de 1,5 milhões de pessoas vacinas com a terceira dose, Graça Freitas respondeu que "é mais do que uma meta, é um desígnio nacional".
"Não depende da Direção-Geral da Saúde, nem do Serviço Nacional da Saúde, nem do núcleo que apoio, nem do Infarmed. O Estado português comprou as vacinas, as estruturas do Ministério da Saúde estão a trabalhar em conjunto, temos um núcleo de coordenação. Estamos preparados para vacinar, as administrações regionais de saúde têm a sua organização montada", sustentou Graça Freitas, sublinhando que a meta depende da adesão à vacinação. "Atingir esta meta está nas mãos de todos nós. O inverno é uma estação agressiva para a nossa saúde", frisou.
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