A Direção-Geral da Saúde (DGS), o Ministério da Saúde e a task-force para a vacinação contra a covid-19 definiram, esta quarta-feira, como meta ter 2,5 milhões de pessoas até janeiro de 2022 munidas com a dose de reforço contra o vírus. Para tal, a campanha de vacinação irá abrir o regime de Casa Aberta nos dias 5,8, 12 e 19 (domingos e feriados) para vacinar maiores de 50 anos com a vacina da Janssen.
De acordo com o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, e também com o coordenador da task-force, coronel Carlos Penha-Gonçalves, o plano de vacinação está a ser revisto, para que sejam vacinadas mais do que as 1,5 milhões de pessoas que estavam inicialmente elegíveis para receber a dose de reforço nesta primeira fase.
Para que o processo seja acelerado, serão reativados centros de vacinação, havendo assim um "reforço do trabalho", segundo Lacerda Sales disse na conferência de imprensa, em parceria com as autarquias, juntas de freguesia e centros de saúde.
Quanto à dose de reforço da vacina da Janssen, estão elegíveis para esta dose de reforço cerca de 250 mil pessoas. “As restantes serão progressivamente agendadas até janeiro”, adiantou o secretário de Estado, reiterando que o ministério vai continuar com "a prerrogativa de vacinar primeiro os mais vulneráveis".
Relativamente à vacinação das crianças entre os 5 e os 11 anos, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, demonstrou que é a favor da administração da vacina, neste caso da farmacêutica Pfizer, explicando que a dosagem da vacina é diferente em comparação com a restante que é dada nas outras faixas etárias, tratando-se de uma vacina pediátrica.
Ainda assim, nada será avançado antes da autorização por parte da Agência Europeia do Medicamento (EMA), indicou Graça Freitas, frisando que o parecer deverá ser emitido amanhã, com o qual a equipa da vacinação da DGS irá se basear para chegar a um consenso nacional. Porém, Graça Freitas vincou que não é possível saber quando se iniciará a vacinação neste grupo etário, visto que está dependente da entrega das vacinas pela Pfizer.
"A prioridade é continuar a vacinar as pessoas mais idosas e mais frágeis", reafirmou Graça Freitas, acrescentando que os restantes grupos vão sendo vacinados mediante a prioridade, tal como foi sempre seguido pela campanha de vacinação.
Quanto à administração da vacina contra a gripe. Lacerda Sales confirmou que, neste momento, 1,6 milhões de pessoas já estão protegidas contra a doença, enquanto com a vacina contra a covid-19 mais de 850 mil pessoas já a receberam.
Com o aproximar do Natal e também com o agravar do número de casos diários reportados ao longo das duas últimas semanas, os responsáveis sabem que será acrescida uma pressão sobre a vacinação. Por isso, os planos iniciais terão de ser reavaliados, contudo o coronel Carlos Penha-Gonçalves está confiante de que a campanha conseguirá dar a resposta necessária com todos os meios possíveis.
“O ritmo que vamos impor tem que ver com a população alvo que está a ser vacinada e com as disponibilidades que existem e que podem condicionar o processo”, afirmou Penha-Gonçalves.