O Ministro da Agricultura de Malawi, Lobin Low, enviou uma carta ao pugilista Mike Tyson convidando-o a assumir o cargo de embaixador da cultura de canábis do país, acreditando que a sua legalização “criou novas oportunidades”.
Tyson é empresário e investiu numa fazenda de cannabis nos Estados Unidos.
Contudo, a medida foi criticada por alguns, já que o pugilista foi preso por crimes sexuais na década de 1990. Tal como foi o caso do Center for Public Accountability, um grupo da sociedade civil do Malawi que interrogou: "O CPA não consegue compreender porque é que o Malawi gostaria de ter um violador condenado como embaixador da marca, mais especialmente, neste momento, quando os esforços para conter a violência contra as mulheres fazem parte da agenda do governo", disse o diretor interino do grupo, Kondwani Munthali, em comunicado.
“O Malawi pode não seguir sozinho, pois a indústria é complexa e requer colaboração. Portanto, gostaria de nomeá-lo, Sr. Mike Tyson, como embaixador do Ramo da Canábis em Malawi”, escreveu o Sr. Lowe.
De acordo com o ministério da agricultura, a Associação de Canábis dos Estados Unidos revelou estar a facilitar o acordo com o desportista.
Os meios de comunicação locais adiantaram que Tyson deveria visitar Malawi na semana passada, mas a viagem foi adiada.
O Malawi, país sem saída para o mar situado no sudeste da África, legalizou o cultivo e processamento da planta para uso medicinal no ano passado, mas parou antes de legalizá-la para uso pessoal.
O ministério da agricultura do país encorajou os agricultores a cultivar, não só canábis para fins medicinais, bem como cânhamo, uma das variantes da cannabis sativa, para uso industrial.
Tyson já afirmou em algumas entrevistas que fumar canábis o ajudou a melhorar a sua saúde mental, bem como mudou toda a sua vida. No entanto, alguns estudos, sugerem que fumar esta planta pode aumentar o risco de doenças mentais graves.