Pelo menos 31 pessoas morreram e duas pessoas ficaram feridas com gravidade, esta quarta-feira, depois de um barco insuflável de migrantes que levava 33 pessoas ter naufragado a tentar atravessar o Canal da Mancha, que liga a França ao Reino Unido.
A informação foi confirmada pelo ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, na sua conta pessoal do Twitter.
Mais tarde, no local, Darmanin revelou que já foram detidas quatro pessoas, naquela que é "a maior tragédia [de migrantes] que já viu".
O presidente francês também já comentou o sucedido e prometeu não deixar que "o Canal da Mancha se transforme num cemitério”. Emmanuel Macron apelou a uma "reunião de emergência" com todos os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia para discutir o "desafio das migrações", assegurando que os responsáveis por organizar a travessia serão "encontrados e condenados".
Boris Johnson também reagiu ao sucedido, dizendo-se "chocado e profundamente triste". No Twitter, o primeiro-ministro britânico afirmou que agora era o tempo para parar com esses gangues” que estão a levar a cabo estes “assassinatos”.
De acordo com a imprensa francesa, por volta das 14h00 (13h00 em Portugal Continental) um pescador encontrou quinze corpos a flutuar ao largo da cidade francesa de Calais e adianta que as autoridades da região de Dunkirk já abriram um inquérito para investigar os contornos da travessia.
No local, estiveram três helicópteros e três barcos para ajudar nas operações.