Sete médicos testam positivo à covid-19 após participarem em cimeira anti vacina nos Estados Unidos

No início deste ano, um estudo de apoio à ivermectina como tratamento para a covid-19 foi retirado depois de se ter verificado que os dados tinham sido falsificados e que os doentes não existiam.

Sete médicos anti vacinas adoeceram depois de terem estado reunidos no início de novembro para uma "cimeira" na Florida, nos Estados Unidos, na qual foram discutidos tratamentos alternativos para tratar a covid-19.

"Estou a tomar ivermectina há 16 meses, a minha mulher e eu", disse o Dr. Bruce Boros à audiência no evento realizado no World Equestrian Center em Ocala. "Nunca me senti tão saudável na minha vida". Dois dias depois, o cardiologista de 71 anos de idade e negacionista da vacina testou positivo à covid-19, segundo o organizador principal do evento, o Dr. John Littell, médico de família.

Littell disse também que seis outros médicos, entre 800 a 900 participantes no evento, também testaram positivos ou desenvolveram sintomas da covid-19 "dentro de dias após a conferência".

A Ivermectina é um antiparasitário que tem utilizações em humanos, mas é predominantemente utilizado em gado, como vacas e cavalos. As autoridades dizem que não tem uso comprovado contra o covid-19 e que pode ser perigoso se for tomada em grandes quantidades. A US Food and Drug Administration – autoridade fiscalizadora norte-americana – não aprovou a ivermectina como tratamento Covid e afirmou que os ensaios clínicos estão em curso.

Boros afirmou que o antiparasitário está "a funcionar onde está a ser aplicado por todo o mundo" como tratamento contra o vírus. 

No início deste ano, um estudo de apoio à ivermectina como tratamento para a covid-19 foi retirado depois de se ter verificado que os dados tinham sido falsificados e que os doentes não existiam.