Cerca de 900 mil postos de trabalho dos setores das viagens e do turismo podem estar em risco na Europa caso sejam aplicadas novas regras que restrinjam viagens. O alerta é da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), com base em vários stakeholders do turismo europeu, como World Travel & Tourism Council (WTTC), Hotrec, European Travel Comission (ETC), entre outros.
Segundo a AHRESP, as entidades, que representam o setor privado mas também as entidades nacionais do turismo no continente europeu, avisam ainda que 35 mil milhões de euros podem ser “arrancados” da região este ano, se surgirem novas regras que limitem as viagens.
No boletim diário da AHRESP, a associação diz que as entidades consideram que os estados membros da União Europeia “devem alinhar numa resposta comum à situação pandémica, de forma a evitar impor limites à liberdade de movimentos”.
“O setor não consegue suportar respostas nacionais inconsistentes e em mudança constantes”, alegam, em comunicado conjunto, lembrando que o European Centre for Disease Prevention and Control (ECDC), reconheceu que as restrições às viagens “não tiveram um impacto considerável na redução da transmissão do vírus, assim como nas hospitalizações e nas mortes registadas. Não tendo quaisquer efeitos a nível de saúde, estas restrições terão efeitos devastadores para a economia europeia”.
Nesse sentido, a AHRESP apela para que o Governo português leve em conta os impactos previstos por estes stakeholders.