A “subida abrupta” de uma sublinhagem da variante Delta do coronavírus SARS-CoV-2 está a ser investigada pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), de acordo com o último relatório acerca da diversidade genética do SARS-CoV-2 em Portugal.
Segundo o documento, a frequência relativa desta sublinhagem subiu de 1,4% para 7,6%. Até à data, foram detetados 58 casos, em cinco regiões, 13 distritos e 42 concelhos. A incidência é maior no Norte, Centro e Lisboa e Vale do Tejo.
“Esta subida abrupta de frequência relativa de uma sublinhagem com uma mutação num local reconhecido como potencialmente crítico para a ligação do SARS-CoV-2 às células humanas está a ser investigada”, refere o INSA.
Já entre 25 de outubro e 7 de novembro registou-se uma frequência relativa de 99,8% para a variante Delta e na semana de 8 a 14 de novembro, esta variante apresentou uma frequência relativa de 100%. Contudo, estes dados ainda estão a ser apurados.
As únicas sequências "não-Delta" detetadas nesta semana dizem respeito a um caso associado à variante "Mu" (B.1.621) na Região Norte e um caso da linhagem B.1.36.17 na Região de Lisboa e Vale do Tejo.
São quase 100 as sub-linhagens da variante Delta a circular em Portugal, 37 "foram detetadas consecutivamente nas últimas três semanas".
"A nível nacional, a sua frequência relativa aumentou de 1,4%, na semana 43, para 7,6%, na semana 44. Foram detetados 58 casos até à data, abrangendo cinco regiões (com maior incidência no Norte, Centro e Lisboa e Vale do Tejo), 13 distritos e 42 concelhos", indica o INSA, que explica que esta "subida abrupta" está a ser investigada.