Foi detetado, esta sexta-feira, o primeiro caso da nova variante do SARS-CoV-2 na Europa. O contágio foi confirmado pelo ministro da Saúde da Bélgica, citado pela agência notíciosa AFP.
As autoridades belgas encontraram a variante B.1.1.529, identificada na África do Sul, que está a suscitar alarmismo a nível mundial, uma vez que esta estirpe tem um elevado número de mutações. Vários países, tanto da União Europeia como fora, já proibiram a entrada de viajantes provenientes dos países da África Austral.
Segundo o ministro da Saúde belga, Frank Vandenbroucke, "é preciso cuidado, mas não entrar em pânico". "Certamente é preciso cautela e análise científica. É uma variante suspeita, mas não sabemos se é muito perigosa", apontou.
O virologista Marc van Rast revelou na rede social Twitter que a pessoa infetada esteve no Egito e começou a desenvolver sintomas no dia 22 de dezembro, onze dias depois de chegar àquele país. Já o The Guardian indica que esta pessoa é uma jovem mulher não vacinada, que terá viajado da Turquia para o Egito.
In Belgium, one sample was confirmed as the novel B.1.1.529 variant (in a returning traveller from Egypt (11/11); first symptoms on 22/11).
— Marc Van Ranst (@vanranstmarc) November 26, 2021
A Organização Mundial da Saúde (OMS) vai reunir os seus especialistas hoje para determinar se a nova variante deve ser classificada como “preocupante” ou “de interesse para monitorização” e que irá precisar de "várias semanas" para conhecer o nível de risco e de transmissibilidade desta estirpe, avançou a porta-voz do organismo Christian Lindmeier, numa conferência de imprensa em Genebra.
“Análises preliminares mostram que a variante tem um grande número de mutações que exigirão mais estudos e vão ser necessárias várias semanas para entender o seu impacto”, apontou Christian Lindmeier.