Cada vez mais os portugueses procuram especialistas para gerir os trabalhos das suas casas mas há cada vez menos oferta disponível nas áreas da reparação e manutenção, como é o caso de picheleiros, canalizadores e eletricistas, revela a Fixando.
Segundo a Fixando, a falta de trabalhadores disponíveis “é alarmante, mesmo em áreas onde os lucros são elevados, na ordem dos 70 euros por hora”.
“Muitas pessoas ficam à espera por longos períodos, outras não conseguem encontrar um especialista. Verificamos que de janeiro a novembro, 86% dos pedidos de reparação de caldeiras, 60% dos pedidos de manutenção de telhados e 56% dos pedidos de limpeza de lareiras e chaminés, ficaram sem resposta”, exemplifica Alice Nunes, diretora de Novos Negócios da Fixando.
A Fixando diz ainda que a falta de especialistas já está a afetar de forma negativa o bem-estar e as condições de habitação dos portugueses, “que não encontram solução para remodelações e manutenções domésticas, o que faz com que, desde casas de banho a canalizações entupidas, fiquem sem reparação por longos períodos, ou que os proprietários tenham que reparar sozinhos, amplificando, muitas vezes, o problema.
“A empresa alerta ainda que a dificuldade em contratar trabalhadores não é exclusiva da restauração, hotelaria e construção, dado registar uma procura muito grande de serviços de remodelação de interiores ou reparações em casa: caldeiras, mobília, lareiras, chaminés, máquinas de lavar, portões, mas não há trabalhadores suficientes para todos os pedidos”, diz ainda Alice Nunes.
Os pedidos de manutenção e reparação são os mais afetados, mas a instalação de pavimentos, telhados ou tetos falsos também ficam sem resposta.
“As pessoas precisam de trabalhos essenciais nos seus lares, situação que nos preocupa e se agrava no interior do país, onde a dificuldade em contratar mão-de-obra é maior e porque, com essa escassez, os especialistas concentram-se nas zonas urbanas”, adianta a responsável.