A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, revelou que será publicada uma nota técnica que explica a decisão de aprovar a vacinação contra a covid-19 de crianças entre os cinco e os 11 anos.
À margem de uma visita a uma escola no Montijo, Graça Freitas comentou as críticas de falta de transparência apontadas à Direção-Geral da Saúde (DGS) por não ter sido divulgado o parecer técnico que levou à aprovação da vacinação nestas faixas etárias, defendendo que não acredita que “não haja transparência”.
“Não creio que não haja transparência. Os pareceres são vertidos em comunicados, que os resumem, e depois são vertidos para normas da Direção-Geral de Saúde. E essas normas remetem elas próprias para documentos e estudos que foram consultados e que qualquer pessoa pode consultar”, disse a responsável aos jornalistas, ao ser questionada sobre o pedido do PSD e da IL para conhecer o referido parecer técnico.
Segundo Graça Freitas, ainda esta tarde estão reunidos especialistas para “poderem definir o intervalo entre as doses” da vacina, neste que é “um processo por etapas”.
“[No final deste processo] a Direção Geral vai recebê-lo, comunicá-lo à tutela e depois há segunda fase que estamos prontos a fazer: publicar uma nota técnica relativamente extensa a explicar todos os procedimentos que estiveram na base da decisão”, garantiu.
“Vamos divulgar uma nota técnica que resume no fundo o parecer da comissão técnica de vacinação”, reforçou.
Ao ser questionada sobre quando deverá começar a vacinação, Graça Freitas foi clara. “Vamos saber exatamente isso amanhã. Como sabem, a primeira tranche de vacinas chega agora, dia 13 de dezembro. Se chegarem, vamos poder começar a fazer a vacinação”, indicou.
“Sexta-feira daremos pormenores sobre quando começa, por que faixa etária começa e depois quando essa faixa etária que for vacinada agora vai receber a segunda dose”, acrescentou.
A diretora-geral da Saúde tem, no entanto, uma certeza: será “muito difícil” vacinar as crianças até ao Natal. “O número de doses que vem em dezembro é de 300 mil”, afirmou, explicando que o país receberá mais doses em janeiro. “Por isso é que vamos fazer uma vacinação planeada e faseada”, rematou.