O número de infetados na fábrica de conservas Ramirez aumentou de 11 para 13, confirmou o administrador da empresa portuguesa, esta terça-feira. A notícia do surto chegou ontem à comunicação social depois de uma denúncia feita pelo Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB), que apontava para a existência de 30 casos de covid-19.
No comunicado divulgado hoje ao qual o Nascer do Sol teve acesso, a empresa diz que a denúncia da SINTAB "não mereceu, numa primeira instância, o devido escrutínio junto da Ramirez & Cª (Filhos), SA ou sequer das autoridades de saúde" e explicou por vários pontos o sucedido.
Segundo o esclarecimento da conserveira, ocorreu um "jantar particular sem conhecimento da Administração no dia 3 de dezembro, que envolveu alguns funcionários de um departamento da Ramirez".
Três dias depois, um funcionário apresentou "alguns sintomas" e foi "imediatamente isolado". A empresa tomou conhecimento assim do jantar e por isso decidiu "testar todos os colaboradores que participaram" nesse convívio particular.
No dia 7 de setembro, foram "realizados 31 testes, dos quais 11 testaram positivos e imediatamente isolados. Por haver familiares também funcionários da empresa, nesse dia foram colocados mais 3 colaboradores em isolamento profilático, dois dos quais testaram positivo posteriormente". Todos os resultados foram colocados na plataforma do Sistema Nacional de Saúde, frisa a conserveira.
Já noutra ronda de testes, a 9 de dezembro, todos os colaboradores da Ramirez testaram negativo à covid-19. A empresa volta a reforçar que a Delegação de Saúde Norte está a acompanhar "todo o processo".
Hoje serão realizados testes PCR "a 100% dos colaboradores, cujos resultados serão conhecidos em tempo oportuno", revela a empresa.
"A Ramirez sempre cumpriu todos os requisitos sanitários, todas as regras em vigor e estipuladas pela DGS, tendo em muitas situações indo bem mais além do que é exigido, como por exemplo o controle de temperatura à entrada da fábrica. Nunca baixamos a guarda, mantivemos e mantemos todo o rigor dentro de portas independentemente do estado pandémico nacional", assinala a empresa no final do comunicado, lamentando ainda "todas as falsas informações que alguém decidiu passar para comunicação social, sem que tenha havido o cuidado da mesma ter sido verificada e validada pelas entidades envolvidas".
"Este tipo de especulações e falsas informações destroem valor e prejudicam gravemente todas as empresas e os seus colaboradores e demais stakeholders", vinca.