O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, pediu os nomes dos funcionários de saúde que aprovaram as vacinas contra a covid-19 para crianças, dizendo que planeava tornar públicas as suas identidades, apesar das anteriores ameaças de morte.
No final de outubro, o regulador de saúde brasileiro, Anvisa, divulgou uma declaração a informar que cinco dos seus diretores tinham recebido ameaças de morte sobre a possível aprovação de vacinas para crianças com idades entre os 5 e 11 anos. A agência aprovou a vacina Pfizer na quinta-feira passada.
A Anvisa disse que tinha relatado as ameaças enviadas por correio eletrónico à polícia e aos procuradores. Bolsonaro disse à comunicação social brasileira que não interferiu nos assuntos internos da Anvisa, mas que tinha pedido os nomes dos funcionários para que o público "pudesse chegar aos seus próprios juízos".
O chefe de Estado brasileiro lançado dúvidas sobre a eficácia e segurança das vacinas contra o coronavírus e criticou severamente todas as formas de distanciamento social. A forma como decidiu gerir a crise pandémica, que já custou mais de 618.000 vidas no Brasil, é considerada o principal motivo para a sua popularidade ter caído este ano.