Ministro da Educação acredita que vacinação das crianças poderá mudar protocolos de prevenção contra covid-19

Para o governante, a vacinação das crianças do primeiro e segundo ciclos poderá modificar o protocolo de contenção contra o vírus, tornando-se igual àquele que é aplicado para o “resto da sociedade, nomeadamente, das crianças e jovens do terceiro ciclo e do ensino secundário”.

O ministro da Educação acredita que a vacinação das crianças entre os cinco e os onze anos, que irá arrancar este sábado, pode levar as autoridades de saúde a alterar os protocolos de prevenção da covid-19 nas escolas. 

"Temos durante os meses de dezembro e janeiro a primeira dose para as crianças entre os 5 e os 11 anos. Acreditamos que as autoridades de saúde, a partir do momento que as crianças destas idades estejam vacinadas mudarão o protocolo. A partir do momento em que exista um caso positivo numa determinada sala ou turma não terão todas de ter o isolamento profilático a que agora assistimos e que, sabemos que não é positivo", observou Tiago Brandão Rodrigues aos jornalistas, após uma visita à Escola Profissional e Artística do Alto Minho, onde funciona também a Academia de Música de Viana do Castelo. 

Para o governante, a vacinação das crianças do primeiro e segundo ciclos poderá modificar o protocolo de contenção contra o vírus, tornando-se igual àquele que é aplicado para o "resto da sociedade, nomeadamente, das crianças e jovens do terceiro ciclo e do ensino secundário". Note-se que, no caso dos últimos ciclos, "a partir do momento em que os alunos são testados e dão negativo podem voltar, automaticamente, à escola", explicou Tiago Brandão Rodrigues. 

Quanto à sua expectativa sobre o início da vacinação este sábado, o ministro disse estar "otimista" e que "todos temos de estar", uma vez que "a vacinação deste grupo etário é uma estratégia segura". "Agora temos de confiar e deixar ao livre-arbítrio das famílias para que elas possam tomar essa opção", assinalou. 

O governante notou que os efeitos da vacinação sentiram-se logo este ano letivo, quando os professores, não docentes e alunos entre os 12 e os 18 anos administraram a vacina, "houve menos casos nas escolas, na sociedade e, acima de tudo, muito menos complicações clínicas quando comparadas com o ano anterior".

"A vacinação tem sido a grande arma. Se é verdade que, em determinado momento, o isolamento pessoal ou familiar, foi a estratégia possível para conter o vírus, agora é importante fazer a vacinação por ser a principal estratégia para não termos de ficar, outra vez, contidos como sociedade", considerou o ministro, acrescentando que nos últimos três dias, 30 mil famílias inscreveram os filhos de 10 e 11 anos, "e nos últimos dias mais pessoas se inscreveram na plataforma da Direção-Geral da Saúde (DGS)".

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