O Conselho de Administração do Hospital de São João demitiu-se, esta segunda-feira, na sequência de um incêndio que matou uma pessoa e deixou outras nove feridas, quatro das quais com gravidade, no serviço de Pneumologia.
"Apesar das causas do incêndio estarem a ser apuradas, nomeadamente através de um processo de averiguações interno, de um processo de inquérito da IGAS e de um inquérito da PJ, e da avaliação inicial excluir falha infraestrutural do hospital, existe um sentido ético que não podemos nem devemos esquecer”, afirmou o presidente do Conselho de Administração, Fernando Araújo, em conferência de imprensa, acrescentado que o Conselho “apresentou à ministra da Saúde o pedido de demissão”.
Também esta segunda-feira, foi revelado que o incidente está a ser investigado pela Polícia Judiciária (PJ) e que a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde abriu um inquérito para apurar responsabilidades.
Ao que tudo indica, o incêndio foi provocado por um doente que acendeu um cigarro no quarto.
Numa nota, publicada pelo Ministério da Saúde, é referido que "a ministra da Saúde lamenta profundamente a morte registada e endereça sentidas condolências aos familiares das vítimas e deseja uma rápida recuperação a todos os feridos”.
Marta Temido mostrou ainda "total solidariedade" com o Conselho de Administração do CHUSJ, profissionais de saúde e "todas as pessoas afetadas por esta tragédia".
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