Um homem, que já enfrentava uma acusação de homicídio qualificado, foi agora acusado de canibalismo, no estado norte-americano do Utah.
James David Russel, de 39 anos, foi detido e acusado em setembro da morte de David Flaget, de 70 anos, depois de as autoridades encontrarem a vítima num carro, na propriedade onde o suspeito morava. De acordo com a imprensa internacional, Russel ainda se barricou numa garagem, mas acabou por ser detido.
Esta quarta-feira, o procurador do condado de Bonner, Louis Marshall, apresentou nova documentação em tribunal, acrescentando a acusação de canibalismo. As autoridades encontraram partes do corpo da vítima na residência de Russel. O suspeito terá utilizado um “artefacto térmico” para manter o calor numa parte dos restos mortais e a polícia recuperou ainda um micro-ondas, uma tigela e uma faca ensanguentadas, bem como uma mochila.
Numa das suas declarações, o suspeito terá dito que acredita que podia “curar-se” a “cortar porções de carne” para “curar o seu cérebro”,
“Quando lidamos com morte e carnificina, é um choque para a nossa consciência”, disse o investigador do condado de Bonner, Phillip Stella, na quinta-feira. “Pelo que eu sei, esta é a primeira acusação de canibalismo em Idaho”, acrescentou.
A vítima, que tomaria contra da propriedade do suspeito, terá tido “vários desentendimentos” com Russel.
“A família já tinha sinais de alerta suficientes de que Russell era um perigo para si mesmo ou para os outros”, acrescentou o investigador.
Em outubro, um juiz tinha considerado que Russel estava inapto para ser julgado e ordenou que este participasse num programa médico. Uma audiência para rever a decisão foi agendada para o dia 28 de dezembro.