Enquanto a nova variante da covid-19, Omicron, continua a espalhar-se pela Europa, países começam a apertar as medidas para conter a infeção, algo que levou os Países Baixos a impor um confinamento nacional.
Este é o primeiro país europeu a anunciar que vai voltar a encerrar as suas portas, declarando que todas as lojas não-essenciais, bares e restaurantes devem permanecer encerrados até dia 14 de janeiro, anunciou o primeiro-ministro Mark Rutte, enquanto as escolas e universidades deveram permanecer encerradas até dia 9 de janeiro.
O político afirmou que estas restrições eram “inevitáveis de forma a impedir a quinta vaga provocada pela variante Ómicron que paira sobre” os Países Baixos, e com um “humor sombrio”, confessou, acrescentou ainda que as festividades de final de ano também seriam afetadas, informando que o número de pessoas que os habitantes estão autorizados a receber em casa será reduzido de quatro para dois, com exceção para o dia de Natal, a 25 de dezembro, e durante a passagem de ano.
“Este vai ser mais um Natal completamente diferente daquilo que desejávamos”, disse Rutte. “Isto são notícias muito más para todos os negócios e instituições culturais que dependem das festividades”.
Apesar de os Países Baixos terem sido os primeiros a imporem o confinamento nacional, a adoção de novas medidas de restrição tem sido uma tendência vista em todo o continente.
Países como a Alemanha, o Chipre, Áustria e França, que aproveitou e também cancelou o fogo de artificio tradicional de Ano Novo, apertaram as medidas de prevenção para viagens; a Dinamarca encerrou os seus teatros, salas de concertos, parques de diversão e museus e a Irlanda declarou que pubs e bares devem encerrar às oito da noite e limitou a lotação de espetáculos ao ar livre e em espaços fechados.
Contudo, a Europa está de olhos postos no Reino Unido, onde a Ómicron provocou um estado de “grande incidente”, declarou o mayor de Londres, Sadiq Khan, permitindo assim que os conselhos locais da capital inglesa possam coordenar o seu trabalho mais perto dos serviços de urgência, mas é esperado que o país anuncie ainda mais restrições.
Até ao momento, foram canceladas a maioria das festas de final de ano ou então a sua dimensão foi reduzida, mas o ministro da saúde britânico, Sajid Javid, não coloca de parte uma “quebra do circuito” e aumentar ainda mais as restrições antes do Natal.
“Não existem garantias em relação a esta pandemia”, disse, citado pelo Guardian. “Neste momento, apenas podemos manter tudo observação”.
Em reação a estas novas medidas, diversos críticos das decisões do governo de Boris Johnson tomaram Oxford Street para realizar um protesto, com o jornal inglês a reportar que diversos manifestantes sem máscara gritavam “liberdade” e pediam às pessoas que passavam no local para retirar as suas máscaras.