Dois dos quatro feridos do incêndio que deflagrou, este domingo, no Hospital de São João, no Porto, estão "estáveis" e internados em enfermaria. Já os restantes estão em "estado grave" e internados na unidade de queimados, confirmou, esta terça-feira, uma fonte do hospital à agência Lusa.
Depois das chamas que deflagraram no piso 9, onde está o serviço de pneumologia, o Conselho de Administração do CHUSJ apresentou na segunda-feira à tarde o pedido de demissão, considerando ter de existir "um sentido ético no exercício das responsabilidades públicas que não deve ser esquecido".
Horas mais tarde e ao visitar o hospital, a ministra da Saúde, Marta Temido, recusou o pedido de demissão, indicando, em comunicado, que continua a manter "total confiança no trabalho desenvolvido" por aquele órgão e pela "capacidade de congregar esforços para prestar os melhores cuidados".
Note-se que a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) já instaurou um inquérito para apurar as responsabilidades no incêndio, ao indicar que o processo será conduzido por dois inspetores do Núcleo Regional do Norte. Por enquanto, a Polícia Judiciária também está a investigar as causas do incêndio.
O incêndio, que começou pelas 17h40 de domingo, obrigou a retirada de doentes do piso 9, disse uma fonte da autoridade judiciária à mesma agência. Foi extinto às 19h, tendo havido "uma vítima mortal a lamentar, [de] quatro feridos graves" e "cinco profissionais afetados", que receberam assistência no serviço de urgência.
De acordo com vários órgãos de comunicação social, o incêndio foi provocado por um doente que acendeu um cigarro ou um isqueiro no quarto, quando se encontrava a receber oxigénio.