Portugal registou, nas últimas 24 horas, 28.659 novos casos de covid-19 – um novo recorde diário – e 16 mortes associadas à doença, de acordo com o mais recente boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), divulgado esta quinta-feira. Sublinhe-se que este é o segundo dia consecutivo em que o país bate o recorde diário de novos casos. Desde o início da pandemia, já foram confirmadas 1.358.817 infeções e há a lamentar 18.937 vítimas mortais.
No que diz respeito ao número de casos, Lisboa e Vale do Tejo voltou a ser a região onde foram diagnosticadas mais novas infeções, com 13.755 novos contágios. Segue-se o Norte com 9.409 infeções, o Centro com 3.202, o Alentejo, com 935, e o Algarve, com 549. No Arquipélago da Madeira há mais 563 casos e no dos Açores mais 246.
Das 16 mortes reportadas, seis ocorreram em Lisboa e Vale do Tejo, quatro no Algarve, três no Norte, duas no Centro e uma no Alentejo.
O número de internados subiu pelo quinto dia consecutivo e ultrapassou os mil. Há agora 1.034 pessoas com sintomas da covid-19 internadas nos hospitais portugueses, mais 63 do que ontem. No que diz respeito a doentes graves, regista-se um decréscimo: há 143 pessoas em Unidades de Cuidados Intensivos, menos sete do que no último balanço.
Há agora 158.424 casos ativos, mais 22.404 do que ontem, e as autoridades de saúde têm 159.965 contactos em vigilância, mais 17.018 do que na véspera.
Sublinhe-se que os valores da incidência e do rácio de transmissibilidade (RT) foram atualizados ontem, mas, tal como i avançou esta quinta-feira, já estão desatualizados. Segundo o boletim da DGS, Portugal tem uma incidência de 923,4 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias. Este valor é de 927,6 quando analisado apenas o continente. Já o RT, segundo a DGS, é de 1,29 em Portugal e de 1,30 quando contabilizado apenas o continente.
Tal como i noticiou, a matriz de risco já está ultrapassada. O RT, que a equipa da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa calcula com menor desfasamento que o INSA, já se situava perto de 1,5, evolução que deverá constar dos boletins da DGS da próxima semana. Além disso, a incidência está já acima dos 1.200 casos por 100 mil habitantes e um índice de reprodução de contágios que nunca tão foi tão elevado desde o início da pandemia, o que faz com que a atual situação epidemiológica já saia fora dos eixos da matriz de risco usada pelo Governo para monitorizar a pandemia.