O fim definitivo a energia nuclear na Alemanha aproxima-se, com o fecho dos reatores de Brokdorf, Grohnde e Gundremmingen C, esta sexta-feira. Sobram o Isar 2, Emsland e Neckarwestheim II, que, junto com as centrais encerradas, produziram cerca de 12% da energia alemã em 2021.
O objetivo da Alemanha – um país onde o movimento antinuclear é particularmente pujante – é focar-se nas energias renováveis. O novo Governo alemão, liderado pelo chanceler Olaf Scholz, que junta o Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD, na sigla alemã), os Verdes e o Partido Democrático Liberal (FDP), pretende obter daí pelo menos 80% da sua eletricidade até 2030, expandindo a sua produção de energia solar e eólica.
Ainda este sábado Berlim criticou a Comissão Europeia, por esta ter proposto considerar a energia nuclear como verde, por esta ter emissões de CO2 muito pouco significativas, permitindo que esta indústria tivesse acesso a fundos europeus. França, um dos países que mais apostou na energia nuclear, entusiasmou-se, mas o novo Governo alemão já sentenciou que a proposta não vai passar. "Não prevejo uma aprovação destas novas propostas da Comissão Europeia", declarou o vice-chanceler alemão, Robert Habeck, dos verdes, citado pela agência DPA.