Três elementos feitos de cortiça, com 4,5 m de altura e cerca de meia tonelada cada, sobre uma base de ferro de 400 kg. Assim será Três Graças, a obra que Pedro Cabrita Reis vai levar ao Jardim das Tulherias a convite do Museu do Louvre. A intenção da obra, que será instalada em fevereiro, é criar um diálogo com as coleções do museu. «Interessa-me reavaliar temas, mitos e narrativas que fundamentam a História da Arte», disse o artista ao Diário de Notícias. A intervenção, detalhou, pretende dar corpo ao «desafio de olhar para um tema que foi ao longo dos séculos tratado de forma diferente por diferentes artistas e ao qual eu posso acrescentar uma visão contemporânea».
Cabrita Reis não será o único português na órbita do Louvre em 2022. Também no âmbito da Temporada Cruzada Portugal-França, o mais famoso museu do mundo recebe uma exposição de mestres portugueses do Renascimento, divulgou a agência Lusa poucos dias antes do Natal.
Intitulada L’Age d’Or de la Renaissance Portugaise (A Idade de Ouro do Renascimento Português), a exposição vai estar patente de 10 de junho a 10 de setembro, e consiste de 15 pinturas cedidas pelo Museu Nacional de Arte Antiga. Nuno Gonçalves, Jorge Afonso, Cristóvão de Figueiredo e Gregório Lopes serão alguns dos artistas representados.
Também em junho, o Centro Pompidou, uma das mecas da arte moderna, recebe uma exposição temporária protagonizada por três criadores portugueses – o cineasta Pedro Costa, o escultor Rui Chafes e o fotógrafo Paulo Nozolino. Segundo o Público, a exposição estará organizada em torno da instalação As Filhas do Fogo, de Pedro Costa e Rui Chafes, e da instalação Minino macho, Minino fêmea, de Pedro Costa. Ainda em junho (de 14 a 26), o histórico Jeu de Paume dedica uma retrospetiva a Pedro Costa, que terá carta branca na escolha da programação.