"Com estupefação, hoje o SINAPOL recebeu vários contatos de elementos policiais, que afirmaram terem sido informados por mensagem de e-mail e de forma verbal que '…até novas instruções, os abastecimentos das viaturas policiais, estão proibidos…', assim como '…as viaturas deverão circular o mínimo possível, devendo estar estacionadas meramente para visibilidade e caso necessitem de abastecimento urgente, o mesmo carece de autorização da área de logística, e justificada a razão do abastecimento…', entre outras denúncias que restringem a circulação de outras viaturas policiais", começou por denunciar o Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL) num comunicado enviado aos órgãos de informação nesta segunda-feira.
Adiantando que estes impedimentos abrangem igualmente os motociclos, as viaturas descaracterizadas e de intervenção e fiscalização, o SINAPOL deixou claro que "isto é completamente inadmissível e indubitavelmente estas 'ordens' põem em causa a segurança pública e a segurança dos cidadãos", sendo "totalmente incompreensíveis para um país desenvolvido, membro da União Europeia e a ocorrerem em pleno Século XXI".
Tendo em conta que "os factos descritos são muito graves", o sindicato "remeteu com carácter de urgência um pedido de esclarecimento sobre esta situação, quer à Direção Nacional da PSP, quer ao Ministério da Administração Interna", na medida em que "por mais justificações que tentem encontrar para o que se está a passar, não há justificação alguma que valide colocar em risco a segurança pública e dos cidadãos, como evidentemente está a acontecer, e que o SINAPOL repudia".
A direção nacional da PSP, questionada pela agência Lusa, garantiu que os carros não estão proibidos de abastecer, porém, existem restrições devido a "questões burocráticas" relacionadas com a renovação do contrato de fornecimento de combustível no início do ano, devendo o problema estar solucionado até amanhã. A direção nacional asseverou igualmente que todas as viaturas desta força de segurança foram abastecidas no último dia do ano.