A Livraria Lello e Irmão, no Porto, está em vias de ser classificada como monumento nacional. A iniciativa da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) vai estar em discussão pública durante um período de 30 dias úteis, indica um anúncio publicado esta quarta-feira em Diário da República (DR).
Segundo a informação publicada, o diretor-geral do Património Cultural, João Carlos dos Santos, afirma ser intenção da DGPC propor a reclassificação da Lello “como monumento de interesse nacional, sendo-lhe atribuída a designação de ‘monumento nacional’”.
A proposta surge após um parecer da Secção do Património Arquitetónico e Arqueológico do Conselho Nacional de Cultura, que mereceu a concordância do diretor da DGPC.
Na sua página de Internet, a DGPC descreve a Lello, situada junto à Torre dos Clérigos, como "um dos mais importantes edifícios da arquitetura eclética portuguesa, integrando marcenarias e vitrais sem paralelo no país”, sendo “um ‘ex-líbris’ da cidade”.
“Ao seu valor arquitetónico e artístico acresce a importância cultural que tem assumido de forma contínua ao longo do tempo, bem como o seu excelente estado de conservação, a autenticidade e exemplaridade da estrutura e da decoração, e a merecida fama internacional de que desfruta”, acrescenta a DGPC.
Inaugurada em 1906, a Lello está classificada como monumento de interesse público desde 20 de setembro de 2013 e “alberga no seu edifício monumental uma das mais antigas e prestigiadas editoras nacionais”.