Um recluso do Estabelecimento Prisional de Alcoentre morreu esta segunda-feira, depois de ter sido encontrado inanimado na cela, tendo os Serviços Prisionais aberto um inquérito interno. A informação foi avançada esta terça-feira pela Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP).
Numa resposta à agência Lusa, a DGRSP refere que, na manhã de segunda-feira, foi encontrado inanimado um recluso do Estabelecimento Prisional de Alcoentre, tendo este sido assistido pela enfermeira e pelo médico de serviço ao estabelecimento, que confirmaram o óbito.
Como está legalmente previsto foi acionado o órgão de policia criminal com competência territorial e feitas as comunicações devidas às autoridades judiciais, tendo o corpo sido encaminhado para o Gabinete Médico Legal de Vila Franca de Xira para efeitos de autópsia.
"Internamente, e também em conformidade com as disposições legais, foi aberto processo de inquérito interno a cargo do Serviço de Auditoria e Inspeção (Sul) que é coordenado por juíza de Direito", adianta a DGRSP.
Contudo, a versão dos factos prestada pela Associação Portuguesa de Apoio ao Recluso adianta que o preso sofreu durante três dias surtos psicóticos sem ter tido a devida assistência médica.
Confrontada com esta versão, a DGRSP esclarece que, pese embora as reservas a que se está obrigado relativamente a informação clínica, nega que o recluso padecesse de surtos psicóticos e informa que o mesmo se encontrava sob acompanhamento clínico, tanto que lhe havia sido diagnosticada escabiose (doença contagiosa), o que obrigava a que permanecesse sem interagir com a demais população reclusa, negando ainda que se "tivesse registado qualquer alteração à ordem, por este ou outro motivo, no Estabelecimento Prisional de Alcoentre", conforme havia sido transmitido à agência Lusa.