Nova norma da DGS não prevê, para já, doses de reforço para crianças

Entre as crianças dos 5 aos 11 anos, 300.492 começaram a vacinação contra a covid-19, com uma dose.

A Direção-Geral da Saúde atualizou esta quarta-feira a norma relativa à campanha de vacinação contra a covid-19, que integra as vacinas em idade pediátrica mas exclui, por enquanto, as crianças das doses de reforço.

De acordo com a norma, esta recomendada a dose de reforço, por prioridades, a profissionais, residentes e utentes em lares ou instituições do género, profissionais dos serviços de saúde (públicos e privados) e de outros serviços prestadores de cuidados e bombeiros envolvidos no transporte de doentes.

Depois destes grupos, são abrangidas pela dose de reforço as pessoas com idade igual ou superior a 40 anos, por faixas etárias decrescentes, as pessoas entre os 18 e os 39 anos de idade, com patologias prioritárias como as neoplasias, transplantação, imunossupressão, doenças neurológicas, perturbações do desenvolvimento, doenças mentais, doença hepática crónica, diabetes ou obesidade, doença cardiovascular ou doença renal ou pulmonar crónica.

Além disso, estão abrangidas pelas doses de reforço as pessoas com 18 anos ou mais, com esquema vacinal primário com a vacina da Janssen e pessoas entre os 18 e os 39 anos de idade, por faixas etárias decrescentes.

A norma, que sublinha que o plano de vacinação contra a covid-19 é "dinâmico, evolutivo e adaptável à evolução do conhecimento científico, à situação epidemiológica e à calendarização da chegada das vacinas contra a covid-19 a Portugal", integra a vacina em idade pediátrica, dos 5 aos 11 anos, e dá prioridade às patologias com risco acrescido, mas não prevê, por enquanto, doses de reforço para as crianças.

Os esquemas vacinais recomendados dependem ainda da história da infeção por SARS-CoV-2, da marca da vacina e das especificidades de cada vacina, refere a norma, que ainda indica que a dose de reforço para quem tomou a vacina da Janssen é dada 3 meses após a última toma (ou após infeção) e para as restantes o intervalo deve ser de seis meses após a última dose/infeção, mas pode ser antecipada assim que completar os cinco meses.

A norma refere também que o esquema vacinal pode ser adaptado em caso de "viagens inadiáveis ou programadas ou em que o país de destino exige um esquema vacinal diferente do recomendado em Portugal" ou "antes do início de terapêuticas imunossupressoras, ou outros atos clínicos devidamente fundamentados".

De acordo com os últimos dados da DGS, desde que se iniciaram as respetivas campanhas de vacinação, mais de 8,7 milhões de pessoas têm a vacinação contra a covid-19 completa e mais de 3,4 milhões a dose de reforço.

Entre as crianças dos 5 aos 11 anos, 300.492 começaram a vacinação contra a covid-19, com uma dose.

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