À medida que vão chovendo por aí as estrelas Michelin (agora, no Guia de 2023 para Portugal e Espanha, foram mais 5 chefes de Portugal com uma), mais eu aprecio a comida tradicional que tornou a nossa cozinha conhecida dos estrangeiros.
Desde o velho Gambrinus ao Poleiro, passando pelos Solares dos Nunes e dos Presuntos – para só falar de alguns em Lisboa.
E as saudades que tenho do Gabriel Fialho – sem desprimor para quem está no restaurante de Évora, que continua óptimo, mas distinto.
Curiosamente, enquanto em Portugal há cozinheiros que manifestam esta febre do Michelin, em França (terra do Guia) verifica-se o movimento inverso. Isto não significa que os restaurantes com estrelas Michelin não sejam fantásticos. Só que se fazem ali obrigações escusadas, que se manifestam nos preços.
E as saudades que tenho de quem chamava ao guia o ‘Miquelino’, com óbvia intenção de o desvalorizar. Até por se tratar de alguém com muita influência na crítica gastronómica nacional.