Utentes da ponte 25 de Abril buzinaram contra aumento dos combustíveis esta manhã

Protesto foi marcado com o objetivo de levar Rui Rio e António Costa a falar sobre o assunto no debate que decorrerá esta noite.

Os utentes da Ponte 25 de Abril realizaram na manhã desta quinta-feira um buzinão contra o aumento dos preços dos combustíveis, com o objetivo de fazer com que, no debate que vai decorrer esta noite, António Costa e Rui Rio se pronunciem sobre a matéria.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Associação Democrática de Utentes da 25 de Abril, que convocou o protesto, explicou que o buzinão, que se realizou entre as 8h00 e as 9h00, pretendeu mostrar o descontentamento com o preço dos combustíveis e o aumento galopante dos custos de vida e para chamar a atenção para a falta de debate sobre estas matérias.

"Também hoje, dia 13, queremos exigir que no debate desta noite com os dois candidatos a primeiro-ministro [António Costa, pelo PS, e Rui Rio, pelo PSD, ]se pronunciem sobre esta matéria. Se a questão do custo de vida, se a questão dos combustíveis e do custo vida é para ser travado, se empregaremos o verbo baixar ou se é para continuar com o mitigar que é um verbo insultuoso para as famílias que cada vez estão mais pobres", disse Aristides Teixeira.

De acordo com o sindicalista, estes verbos são também insultuosos quando se fala do aumento do salário mínimo nacional.

"Feitas as contas não aconteceu porque hoje as pessoas com este valor do salário atual mínimo nacional têm menos poder económico do que tinham antes, no ano passado", realçou.

Aristides Teixeira pretende que os líderes do PS e do PSD, ou seja, dos dois maiores partidos, se pronunciem sobre este tema que, na sua opinião, tem estado arredado dos debates.

O atual primeiro-ministro e Rui Rio vão hoje protagonizar o unico debate entre os dois até as legistivas de 30 de janeiro, que será exibido nos três canais generalistas ao mesmo tempo.

"Somos também cidadãos eleitores. Para nós é importante que entre na agenda das campanhas eleitoras e sobretudo na agenda dos dois maiores partidos políticos esta questão sobre a qual não se têm pronunciado, como se vivessem noutro planeta e como se nada se passasse e as famílias não tivessem entrado o ano muito mais pobres. Estamos a caminhar para uma maior pobreza relativamente ao ano passado e isso tem de ser mudado", sublinhou também o presidente da Associação, que tem ainda como objetivo chamar a atenção para o facto de as empresas terem disparado aumentos dos bens essenciais e não essenciais.

Aristides Teixeira disse ainda que a Associação avançou para este buzinão mesmo em situações adversas: "A grande maioria das pessoas ainda está em teletrabalho. A partir de dia 17 já o trânsito volta à normalidade, mas mesmo com menos tráfego, os automobilistas não quiserem deixar de demonstrar a sua indignação", concluiu.

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