Queda histórica na natalidade. O que esperar do futuro? O que dificulta ter filhos em Portugal? O que defendem os partidos?

Registaram-se menos de 80 mil nascimentos em 2021 – uma queda histórica na natalidade. Afinal, o que dificulta ter filhos em Portugal? Entre várias respostas, chegam as histórias de quem foi despedida durante e após a gravidez. Com as legislativas à porta, é importante saber o que defendem os partidos. 

Em 2021 nasceram menos de 80 mil crianças em Portugal – algo que nunca tinha acontecido desde 1886, quando começaram as estatísticas modernas nacionais, 

Em declarações ao i, a professora de sociologia no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas e vice-presidente da Associação Portuguesa de Demografia, Ana Alexandre Fernandes, alerta que estes “são os adultos do futuro” e explica que, por muito que se fale de natalidade, há um aspeto incontornável: com a descida dos nascimentos nas últimas décadas, há menos mulheres em idade fértil, o que já tornaria difícil regressar aos números de natalidade do passado. 

O i quis saber o que dificulta ter filhos em Portugal e ninguém melhor para responder a esta pergunta do que as mães de 2021 – vozes dentro das estatísticas. Mas quando falamos de natalidade impõem-se outras questões, como a manutenção ou renovação de contratos de trabalho durante a gravidez, no puerpério ou no decorrer dos primeiros meses de vida de um bebé.

Com o tema em destaque e perto das eleições legislativas, resta saber o que defendem os partidos para que nasçam mais crianças em Portugal. Mais tempo de licença, abonos reforçados, mais vagas em creches, mais tempo para viver. Algumas ideias alinham-se, mas nem todas coincidem.

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