A Assembleia Nacional francesa aprovou recentemente uma lei que determina a devolução de 15 obras de artes aos herdeiros dos seus antigos proprietários – judeus que foram espoliados durante a II Guerra Mundial.
As obras em questão incluem pinturas, desenhos, e ainda esculturas realizadas por alguns dos maiores artistas da arte moderna, como é o caso de Maurice Utrillo, Gustav Klimt, Marc Chagall. Algumas delas encontram-se atualmente exibidas em museus franceses como o Louvre, o Centro Pompidou e a Gare d’Orsay.
De Klimt, estão as ‘Roseirais sob as Árvores’. A colecionadora austríaca (sua proprietária) foi obrigada a vender a pintura em 1938, tal como o músico polaco a quem pertencia o quadro de Marc Chagall, ‘O Pai’.
O músico polaco acabou por ser enviado para Auschwitz, mas conseguiu sobreviver. Contudo a colecionadora austríaca acabou por ser deportada e assassinada.
A lei foi aprovada por 97 votos na Assembleia Nacional e cobre ainda onze desenhos e uma escultura.
Segundo o jornal francês Le Monde, foi a Comissão para a imdemnização das vítimas de espoliações que determinou os herdeiros legítimos de 13 das 15 obras a devolver.
A ministra da cultura, Roselyne Bachelot, considerou a decisão “histórica”, referindo ser “a primeira vez no pós-guerra que o governo faz um texto que permite a restituição de obras de coleção pública”.
Bachelot descreveu o roubo das obras como “a negação da humanidade, da memória e das recordações das famílias judias”.