O consumo de energia elétrica recuou 6,7% em janeiro, face ao período homólogo, “penalizado pelas temperaturas acima da média registadas no primeiro mês do ano, que contrastam com temperaturas anormalmente baixas registadas em idêntico período de 2021”, anunciou a REN – Redes Energéticas Nacionais. E acrescenta que, com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis, registou-se um recuo de 1,4%.
Em comunicado, a REN explica que “com precipitações reduzidas, as condições mantiveram-se negativas para a produção hidroelétrica, com o índice de produtibilidade respetivo a situar-se em 0,34 (média histórica igual a 1)”.
Já a produtibilidade eólica ficou também abaixo do regime médio, com o respetivo índice a registar 0,94 (média histórica igual a 1), enquanto a produtibilidade solar, pelo contrário, registou um valor particularmente elevado, 1,39 (média histórica igual a 1).
No que diz respeito à produção renovável, esta abasteceu 52% do consumo, com destaque para a eólica com 27%, seguida da hidroelétrica com 16%, um valor baixo para esta época do ano, biomassa com 6% e fotovoltaica com 3,3%.
Diz ainda a REN que esta última mais que duplicou a produção face a janeiro do ano anterior, com pontas diárias já próximas dos 1000 MW. E acrescenta que “a produção não renovável abasteceu 31% do consumo, assegurado pelas centrais a gás natural, e o saldo importador abasteceu os restantes 17%”.
Também o consumo de gás natural registou, no mês passado, uma contração homóloga de 4,7%. “O segmento convencional registou uma contração de 28%, ao contrário do setor elétrico que cresceu 54%, impulsionado pela baixa disponibilidade de energia renovável e pelo desaparecimento, este ano, da produção a carvão”, avança a REN que acrescenta que “foi o consumo mais elevado de sempre, em janeiro, para produção de energia elétrica, com 2619 GWh, face aos 2564 GWh registados em 2020”.