No final do ano passado, a dívida pública, na ótica de Maastricht, totalizava 269,6 mil milhões de euros, valor que representa uma quebra de 900 milhões de euros face ao final de 2020.
Os dados foram divulgados esta terça-feira pelo Banco de Portugal (BdP) que explica que “esta redução refletiu amortizações de títulos de dívida, no valor de 4,6 mil milhões de euros, que foram parcialmente compensadas pelo aumento de passivos em depósitos (1,4 mil milhões de euros), nomeadamente depósitos de entidades terceiras junto das administrações públicas e certificados de aforro e do Tesouro, e em empréstimos (2,4 mil milhões de euros)”.
Já a variação dos empréstimos é explicada “sobretudo, pelos montantes recebidos da Comissão Europeia ao abrigo do instrumento europeu SURE (2,4 mil milhões de euros) e do Mecanismo de Recuperação e Resiliência (0,4 mil milhões de euros)”.
No que diz respeito aos depósitos das administrações públicas, estes caíram 8,3 mil milhões de euros. “Deduzida desses depósitos, a dívida pública aumentou 7,4 mil milhões de euros”, para os 253,9 mil milhões, detalha o banco liderado por Mário Centeno.
Feitas as contas, a dívida pública totalizava 127,5% do produto interno bruto (PIB) em 2021, o que representa uma redução de 7,7 pontos percentuais relativamente ao final do ano anterior.