O banco Montepio registou lucros de 6,6 milhões de euros em 2021, uma melhoria face aos prejuízos de 80,7 milhões de euros em 2020. “Esta evolução favorável está suportada no aumento da margem financeira e das comissões, na redução dos custos operacionais, bem como nas menores dotações para imparidades e provisões, com destaque para as relacionadas com o risco de crédito”, disse em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
O crédito a clientes (líquido de imparidades) totalizou 11704 milhões em 31 de dezembro de 2021, evidenciando um aumento de 126 milhões face ao valor registado no final de 2020, na sequência da implementação das decisões de gestão para promover a atividade core, nomeadamente no segmento de particulares.
Já os depósitos de clientes totalizaram 12787 milhões zembro de 2021, o que representa uma evolução positiva de 285 milhões (+2,3%) face aos 12502 milhões contabilizados no final de 2020 “ao beneficiar dos desempenhos favoráveis registados, não obstante a manutenção dos referenciais de taxas de juro em níveis historicamente reduzidos”.
Os depósitos subiram 2,3% para 12787 milhões de euros e admite que, apesar do contexto de taxas de juro historicamente baixas, foi “registado um aumento da componente de depósitos à ordem que contribuiu para a evolução positiva da margem financeira”.
De acordo com a instituição financeira liderada por Pedro Leitão, os custos operacionais caíram 4,8%, “excluindo os impactos one-off relacionados com o programa de ajustamento do quadro de colaboradores”. Quanto ao crédito bruto caiu ligeiramente (0,7%) para 12272 milhões de euros. Já em relação às moratórias, o Montepio diz que “a grande maioria dos clientes retomou o plano de pagamento da dívida conforme previsto à data de adesão à moratória e o risco de crédito da carteira que foi abrangida pela moratória reduziu-se significativamente”. E, que no final de 2021, o total de contratos que já tiveram sujeitos a moratórias tinha um valor total de 2.697 milhões de euros, sendo que 88% encontravam-se em situação regular.
No ano passado, foram fechados 37 balcões e saíram 243 colaboradores, “tendo o programa de reformas antecipadas e rescisões por mútuo acordo representado 83% dessa diminuição.