A Agência Europeia de Medicamentos anunciou esta quinta-feira que está a avaliar um pedido do consórcio farmacêutico Pfizer/BioNTech para dose de reforço da vacina contra a covid-19 a adolescentes dos 16 aos 17 anos, prevendo solicitação semelhante para 12 aos 15 anos.
“A EMA [sigla inglesa da Agência Europeia de Medicamentos] está atualmente a avaliar um pedido sobre a administração de uma dose de reforço da vacina contra a covid-19 Comirnaty [nome comercial da vacina da Pfizer/BioNTech] aos adolescentes dos 16 aos 17 anos de idade”, informou o chefe da Estratégia de Ameaças Biológicas para a Saúde e Vacinas do organismo, Marco Cavaleri.
O responsável acrescentou, em conferência de imprensa, que o regulador da UE espera “receber em breve uma solicitação semelhante para crianças dos 12 aos 15 anos de idade”.
“A EMA irá analisar estes dados de forma célere com o objetivo de chegar a uma opinião o mais rapidamente possível”, adiantou o especialista.
No que se refere a uma eventual quarta dose para a população mais vulnerável, isto é, uma segunda dose adicional (após um esquema primário com duas inoculações), Marco Cavaleri apontou que a agência europeia irá “avaliar quaisquer dados emergentes, incluindo os de Israel”, país que já avançou com essa imunização.
“Como já dissemos no passado, para pacientes gravemente imunodeprimidos que recebem uma série primária de três doses de ARN do mensageiro, poderia ser recomendada uma quarta dose”, acrescentou.
Porém, no que toca aos restantes, “não existem provas suficientes de ensaios clínicos ou provas reais que possam apoiar a recomendação para a população em geral no que diz respeito à utilização de uma segunda dose de reforço das vacinas atuais”, reforçou.
Dados do Centro Europeu para Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) revelam que, na União Europeia, 70,3% da população total terminaram o curso primário de vacinação (com duas doses ou dose única), o equivalente a 314 milhões de pessoas.
Ainda segundo os dados do ECDC, que têm por base as notificações dos Estados-membros, cerca de 201 milhões de doses de reforço foram já administradas no espaço comunitário, abrangendo 45,1% da população total da UE.