O pedido para a dose de reforço da vacina contra a covid-19 do consórcio farmacêutico Pfizer/BioNTech em crianças dos 12 aos 15 anos está a ser avaliado, confirmou, esta terça-feira, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA).
"A EMA começou a avaliar uma solicitação para a utilização de uma dose de reforço da Comirnaty [nome comercial da vacina da Pfizer/BioNTech] em adolescentes com idades compreendidas entre os 12 e os 15 anos, estando também em curso a avaliação da aplicação em adolescentes mais velhos com idades compreendidas entre os 16 e 17 anos", anunciou, em comunicado, o regulador farmacêutico da União Europeia (UE).
"As doses de reforço são dadas a pessoas vacinadas – pessoas que completaram a sua vacinação primária – para restaurar a proteção depois de esta ter diminuído", reiterou a EMA, num momento em que as doses de reforço na UE estão apenas autorizadas a pessoas com 18 ou mais anos.
Agora, o comité de medicamentos humanos da EMA está responsável por fazer uma "avaliação acelerada dos dados apresentados pela empresa que comercializa a Comirnaty, incluindo resultados de provas do mundo real em Israel". A decisão da EMA deverá chegar em breve, avança ainda a mesma nota.
Note-se que este anúncio surge dias depois de a EMA ter afirmado que está a analisar um pedido também do mesmo consórcio sobre as doses de reforço da vacina contra o vírus para adolescentes dos 16 aos 17 anos.
Hoje também foi avançado pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) que, segundo resultados preliminares de um estudo, a eficácia da vacina em adolescentes com dose de reforço é maior do que em adolescentes que concluíram a vacinação primária recentemente.
De acordo com o relatório sobre a vacinação contra a covid-19 em crianças e adolescentes da União Europeia e Espaço Económico Europeu (UE/EEE), o ECDC considerou, no entanto, que, "nesta fase, deve ainda ser dada prioridade à conclusão das séries primárias na população elegível [adulta] e à administração de doses de reforço aos grupos prioritários, antes de se considerar dar doses de reforço a adolescentes com idades entre os 12 e os 17 anos sem condições subjacentes".
Segundo a agência europeia de aconselhamento aos países, "mais de metade dos adolescentes dos 10 aos 17 anos de idade ainda não completaram um curso primário" de vacinação, embora exista "um nível muito elevado de proteção contra infeções, doenças sintomáticas e doenças graves" nesta faixa etária.
Atualmente todos os países da UE/EEE recomendam a vacinação contra a covid-19 de adolescentes entre os 12 e os 17 anos de idade e, destes, 10 países também recomendam uma dose de reforço para menores de 18 anos.