Portugal e Espanha vão passar a acompanhar mensalmente os caudais dos rios partilhados. A decisão vem na sequência de uma reunião da Comissão para a Aplicação e o Desenvolvimento da Convenção de Albufeira (CADC) entre os dois países, em que a seca foi um dos principais temas.
“Perante o aumento de fenómenos climáticos extremos, a seca que assola a Península Ibérica foi um dos principais temas da reunião”, indica o Ministério dos Negócios Estrangeiros, em comunicado.
Segundo a mesma nota, “no âmbito dos mecanismos previstos na Convenção de Albufeira, foi acordado intensificar os instrumentos operacionais de articulação bilateral como o mecanismo de acompanhamento trimestral dos caudais, tendo sido decidido que essa articulação de curto prazo passará a mensal”.
Na sessão foi igualmente aprovado o mandato do Grupo de Trabalho de Secas e Inundações, que será “operacionalizado de imediato”.
O objetivo do grupo é principalmente promover uma melhor troca de informação, instituir metodologias comuns para o cálculo de índices de seca e escassez e implementar a coordenação dos Planos Nacionais de Gestão de Riscos de Inundações, explica o Ministério.
Além disso, foi ainda aprovado um protocolo de troca de informação de dados hidrometeorológicos em tempo real para a gestão de situações extremas nas bacias hidrográficas partilhadas, que deverá entrar em vigor ainda durante o atual ano hidrológico 2021/2022.