Numa altura em que a NATO reforça a sua presença no leste da Europa, dada a tensão na Ucrânia, o ministro da Defesa português, João Gomes Cravinho, assegurou que, caso autoridades militares da NATO considerem que um país membro – importa lembrar que a Ucrânia não faz parte da aliança – está ameaçado, “Portugal participará solidariamente”.
“Portugal tem uma relação próxima, de amizade, com a Ucrânia”, acrescentou o ministro, em declarações à RTP, ressalvando que, de momento, não antevê o envio de armamento para as forças armadas ucranianas, apesar de já terem sido enviados equipamentos como coletes e capacetes, além de ter sido prestado acompanhamento médico a militares ucranianos feridos no conflito.
Cravinho fez questão de relembrar que “Portugal é um dos 30 aliados da NATO e qualquer ataque contra um país da NATO será considerado como um ataque contra nós todos, contra Portugal também”. E, quanto à possibilidade de uma ofensiva russa ser acompanhada de ataques cibernéticos, garantiu que têm sido tomadas precauções. Ainda assim, “estamos todos vulneráveis e sabemos que a Rússia tem desenvolvido uma elevada capacidade de ciberataque”, admitiu.