Um espetacular fóssil tridimensional de um pterossauro jurássico até então desconhecido foi descoberto na Ilha de Skye, na costa oeste da Escócia, em 2017.
Com uma envergadura de mais de 2,5 metros , esta é a maior espécime encontrada até hoje e estima-se que tenha 170 milhões de anos.
Os répteis, conhecidos como pterossauros, eram criaturas do tamanho de aviões que subiram aos céus quando os dinossauros caminharam pela Terra e foram os primeiros animais vertebrados a desenvolver o voo motorizado.
O estudo detalhado do esqueleto, publicado na terça-feira pela revista científica Current Biologia, revela que a doutora Amelia Penny, foi a pessoa que encontrou, há cinco anos, uma mandíbula com dentes afiados numa camada de calcário antigo que ainda mantém o seu esmalte brilhante.
Investigadores do Hunterian Museum (Glasgow) e do Staffin Museum (Skye) ficaram responsáveis por extrair a laje da rocha que enterrou o fóssil num processo “trabalhoso, complicado e barulhento”, já que tiveram de lutar contra a maré ao encontrar a peça na costa. Uma vez removido, foi levado para a Universidade de Edimburgo para estudo.
"Os Pterossauros tão completos como este são muito raros de encontrar. Como animais voadores, os seus ossos são muito leves. Isso torna-os incrivelmente frágeis e geralmente não são preservados como fósseis", explicou Natalia Jagielska, diretora da pesquisa, à BBC News. “É um exemplo fantástico que nos prova que a paleontologia nunca deixará de ser incrível”, acrescentou. O fóssil recebeu o nome de “Dearc sgiathanach”, em português “'réptil alado”.
Várias outras descobertas surpreendentes foram feitas nesta área de Skye nos últimos anos, incluindo as pegadas de um estegossauro e outros dinossauros. Os paleontólogos acreditam que já foi uma lagoa subtropical e lar de uma próspera comunidade de dinossauros.