Tribunal Penal Internacional abre inquérito à Rússia por crimes de guerra

De notar que, na sexta-feira passada, o ministro dos Negócios Estangeiros da Ucrânia adiantou que o país tinha começado a recolher informações sobre as ações das Forças Armadas russas, quanto à invasão do território ucraniano, para os enviar ao TPI. 

Notícia atualizada às 22h46

O Tribunal Penal Internacional (TPI) abriu, esta segunda-feira, uma investigação formal sobre a invasão da Rússia à Ucrânia por alegados crimes de guerra que começaram há cinco dias. 

"Estou convencido que existe uma base razoável para acreditar que presumíveis crimes de guerra e crimes contra a humanidade têm sido cometidos na Ucrânia" desde 2014, apontou o procurador-geral do TPI com sede em Haia (Países Baixos), Karim Khan, numa declaração citada pelas agências internacionais.

De notar que, na sexta-feira passada, o ministro dos Negócios Estangeiros da Ucrânia adiantou que o país tinha começado a recolher informações sobre as ações das Forças Armadas russas, quanto à invasão do território ucraniano, para os enviar ao TPI. 

Já a Lituânia avançou hoje, através da sua ministra da Justiça, que pretendia que o TPI investigasse alegados crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos pela Rússia e a Bielorrússia durante a invasão à Ucrânia.

De notar que esta não é a primeira queixa que a Ucrânia apresenta contra a Rússia. A Ucrânia avançou para tribunal pelo facto de o país ter lançado uma invasão a pretexto de falsas alegações de que estava a ocorrer, em território ucraniano, um genocídio perpetrado contra os falantes de russo residentes no país.

Recorde-se que, em 2014, a Rússia invadiu e anexou a península da Crimeia, que se localiza no sudeste da Ucrânia, depois de o povo se unir num movimento a favor da integração do país na União Europeia. 

Na mesma altura, separatistas pró-russos com apoio de Moscovo iniciaram uma guerra na região do Donbass, no leste da Ucrânia, que tinha provocado mais de 14.000 mortos e 1,5 milhões de deslocados até à invasão atual, que veio agravar mais a situação no terreno, levando ao reconhecimento da indepedência das repúblicas de Lugansk e Donetsk por parte do Presidente russo, Vladimir Putin. 

Com a presença dos russos na Ucrânia, a ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e quase 500 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.

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