Kim Kardashian e Kanye West são os protagonistas de uma verdadeira novela legal desde que decidiram separar-se, e os últimos meses têm sido de acesa troca de ataques nos tribunais. Casados desde 2014, há mais de um ano que os pais de North, Saint, Chicago e Psalm West estão em processo de divórcio. A separação encontrou um novo obstáculo em dezembro do ano passado, que ainda não se resolveu: Kim quer recuperar o seu apelido de solteira e voltar a ser legalmente considerada como tal, mesmo antes da conclusão do divórcio.
Ainda assim, Ye – como o rapper passou recentemente a denominar-se – não parece estar disposto a facilitar a vida à sua mulher. Nem neste caso nem nas restantes exigências de Kim. Aliás, Kanye embarcou numa ativa missão de criticar a líder do clã Kardashian nas redes sociais, liderando uma cruzada por manter a sua família intacta e por normalizar a situação do seu casamento.
Estas plataformas, aliás, têm sido o palco de acesas trocas de acusações, com o mais recente caso a prender-se com uma polémica em torno de North, a filha mais velha do casal. Acontece que a jovem de apenas 8 anos criou, de forma supervisada por Kim, uma conta na rede social TikTok, onde surgiu, em fevereiro, num vídeo com a sua mãe.
A publicação indignou o cantor, que, munido com uma captura de ecrã, partiu para o Instagram, onde questionou os seus seguidores: «Já que este é o meu primeiro divórcio, precisaria de saber o que devo fazer sobre a questão de a minha filha estar no TikTok contra a minha vontade».
Sobre o pedido de Kim aos tribunais para voltar a ser considerada como uma mulher solteira, Kanye também não está disposto a ajudar, avançando com uma ação legal nos tribunais para impedir Kim de avançar com o seu desejo. Segundo os dados revelados pela revista norte-americana People, que citou vários documentos judiciais apresentados pela equipa legal do rapper, West, de 44 anos, não tem qualquer intenção de permitir a Kardashian, de 41 anos, tornar a ser – pelo menos legalmente – solteira, de forma a que esta não possa voltar a casar. Isto até porque é sabido que a magnata do mundo da moda e das redes sociais mantém uma relação amorosa com Pete Davidson, de 28 anos. Algo que muito tem incomodado Ye, que mostra ainda ter intenções de resolver o conflito que tem com a ainda mulher.
Caso o desejo de Kardashian avance ainda antes da conclusão dos processos legais sobre o futuro do seu património e dos seus filhos, avisou já a equipa legal de Kanye, poderá criar um «risco de consequências adversas». Isto segundo os documentos apresentados recentemente no tribunal superior do condado de Los Angeles, na Califórnia, que alegam: «um abrupto fim do seu status [de pessoas casadas] criaria problemas para obter provas» no caso de que alguma das pessoas envolvidas «volte a casar antes de que o caso seja concluído».
A equipa legal de West está empenhada em impedir Kim de avançar com o seu objetivo, e estabeleceu mesmo condições para o caso de que lhe seja cedido esse pedido. Entre estas ditas condições, Kim perderia o «privilégio matrimonial» que tem com Kanye West, que lhe permite não ter de testemunhar contra ele nem ser testemunha, e pelo qual deixa de ser permitido que o casal mantenha ocultas as suas conversas.
Sem o dito «privilégio matrimonial», todas as comunicações entre Kim e Kanye West passariam a poder ser lidas, ouvidas e vistas durante o processo judicial do divórcio, acabando por ser muito provável que as mesmas chegassem aos ouvidos dos jornalistas curiosos. «Se esse status é cancelado sem a aprovação de West e Kim voltar a casar antes da conclusão do divórcio, será criada uma barreira para conseguir provas sobre a paternidade e a custódia» dos filhos do casal, alegam ainda.
Caso o desejo de Kim avance, Kanye quer também que a influencer seja impedida de aceder às contas que ambos têm em conjunto, pelo menos antes de ser decidido como será dividido o património entre ambos.