Moscovo rejeita ordem do Tribunal Internacional para suspender conflito na Ucrânia

Esta quarta-feira, o TIJ decidiu, por 13 votos contra dois, dar razão a Kiev e exigir que Moscovo “suspenda imediatamente as operações militares” na Ucrânia. 

A Rússia rejeitou, esta quinta-feira, a ordem do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) – o tribunal superior da ONU – para que suspendesse imediatamente o conflito militar na Ucrânia. 

"Não poderemos levar esta decisão em consideração", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em declarações à comunicação social, ao explicar que para a suspensão do conflito seja concretizada é preciso haver um acordo entre os dois lados da guerra. 

"Neste caso, não houve nenhum acordo para que isso acontecesse", sublinhou Peskov. 

Esta quarta-feira, o TIJ decidiu, por 13 votos contra dois, dar razão a Kiev e exigir que Moscovo "suspenda imediatamente as operações militares" na Ucrânia, declarou o presidente do tribunal, Joan Donoghue, na leitura pública da ordem judicial.

Embora as sentenças do TIJ sejam vinculativas e não passíveis de recurso, o tribunal, que fundamenta a sua decisão tendo por base os tratados e convenções assinados voluntariamente pelos Estados, não tem meios para as fazer respeitar. 

De realçar também que a Rússia recusou comparecer nas audiências do TIJ sobre o caso, realizadas a 07 e 08 de março, e refutou a jurisdição do tribunal sobre a reivindicação da Ucrânia.