Partilhar a assinatura da Netflix com familiares ou amigos poderá sair mais caro do que ter uma conta única. Esta alteração já tem sido abordada várias vezes pela própria plataforma, no entanto, os países Chile, Costa Rica e Peru vão ser os primeiros territórios, onde a Netflix vai testar uma taxa aos assinantes que compartilham a sua conta com pessoas que moram noutras residências.
Para acrescentar até duas contas ao perfil, a Netflix vai cobrar uma taxa na assinatura mensal do cliente e os preços diferem entre os três países: no Chile e na Costa Rica serão pedidos três dólares, ao passo que no Peru 2,12.
De destacar, no entanto, que o grupo vai propor nestes países um serviço que permitirá que pessoas que já compartilham transfiram o seu um perfil para uma nova conta, com objetivo de motivar os beneficiários do acesso compartilhado a criar sua própria assinatura.
O serviço de streaming pretende mudar a sua abordagem relaxada quanto ao número de usuários que compartilham palavras-passe com familiares ou amigos, no entanto, com o decrescer das ações nos resultados trimestrais, a Netflix poderá recorrer a novas soluções para recuperar o crescimento económico.
A Netflix fechou o ano com 221 milhões de assinantes, ao ganhar 8,2 milhões de contas apenas entre setembro e dezembro, mas com o aparecimento da Disney+, a concorrência está mais renhida.
"Sempre facilitamos para as pessoas que moram juntas compartilharem a conta, com funcionalidades como perfis separados e transmissões simultâneas para os nossos assinantes standard e premium", notou a diretora de inovação, Chengyi Long, ao ressalvar ainda que estas funcionalidades "extremamente populares" criaram "uma certa confusão sobre quando e como a Netflix pode ser compartilhada".
Ao partilhar a conta por diferentes residências, a Netflix diz afetar a "capacidade de investir em séries e filmes de qualidade" para os assinantes. Por enquanto, a empresa vai analisar a utilidade da nova taxa nos três países, antes de definir qualquer mudança profunda noutros lugares.