PJ faz buscas domiciliárias e num escritório de advogado para recolher provas no caso João Rendeiro

As buscas foram feitas nas cidades de Lisboa, Aveiro e Porto. 

A Polícia Judiciária (PJ) encetou, esta terça-feira, oito buscas, das quais cinco foram domiciliárias, duas não domiciliárias e ainda uma a um escritório de advogado, nas zonas de Lisboa, Aveiro e Porto, na sequência da investigação do caso sobre o ex-banqueiro João Rendeiro. 

Segundo um comunicado da PJ divulgado hoje, "os factos em investigação são suscetíveis de integrar a prática dos crimes de branqueamento e de descaminho, relacionados com fundos que se suspeita terem sido retirados do Banco Privado Português, assim como com as obras de arte apreendidas a João Rendeiro no âmbito de processo no qual se encontra condenado". 

Uma das operações de busca foi realizada, segundo avançou o Expresso, na moradia de Maria de Jesus Rendeiro, na Quinta Patino, em Cascais, onde a mulher se encontra em prisão domiciliária.

As buscas ocorreram no âmbito do inquérito dirigido pelo Ministério Público do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), com a coadjuvação da Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção.

De notar que o inquérito ainda está em segredo de justiça. As diligências foram ordenadas com base nas buscas realizadas em novembro, sendo necessária a recolha de prova complementar, bem como a recuperação de produto do crime, explica a mesma nota da PJ. 

Maria de Jesus Rendeiro foi detida no decorrer da operação D'Arte Asas, dirigida pelo DCIAP e executada pela PJ. A mulher do ex-banqueiro era fiel depositária dos quadros arrestados ao ex-banqueiro, considerando o tribunal que esta sabia das falsificações e do desvio das obras.