O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) estima que o contrato de prestação de serviços externos na Portugália no próximo verão “terá um custo superior a oito milhões de euros, perfeitamente evitável caso se tivesse optado pelos recursos disponíveis no Grupo TAP e com uma pesada fatura para os contribuintes nacionais”.
A nota acrescenta ainda que “nos termos previstos no plano de recuperação da Portugália, que foi declarada, por associação à TAP, em situação económica difícil, a companhia deveria estar hoje com uma frota de 19 aviões, o que não sucede, no entender do SPAC, por absoluta falta de planeamento atempado e adequado do Grupo TAP”, afirma o sindicato em comunicado, considerando que “o processo de reestruturação da Portugália não está a ser cumprido”.
O sindicato acrescenta que para tentar compensar “este planeamento incorreto”, a administração da Portugália anunciou que vai garantir as horas de voos previstas para o verão deste ano com recurso à contratação externa em regime ACMI (Aircraft, Crew, Maintenance and Insurance), “ou seja, alugando aviões com tripulação, manutenção e seguros, para procurar não reduzir a sua operação, perdendo com isso receita, além dos correspondentes slots no futuro”.
E diz que os pilotos da Portugália “ficarão com horas por voar, enquanto os custos globais com remunerações mais do que duplicam”.