António Ramalho deixa cargo de CEO do Novo Banco em agosto

Chairman elogia “liderança ímpar” de Ramalho e lembra que saída acontece num momento alto do banco.

António Ramalho anunciou, esta quinta-feira, que vai deixar de ser CEO do Novo Banco, após seis anos no desempenho do cargo.

A decisão foi comunicada ao Conselho Geral e de Supervisão (CGS), a quem António Ramalho também informou que a sua saída está apontada para “agosto” e que apoiará “o processo de transição para o seu sucessor”.

“António Ramalho acredita ser este o momento certo para anunciar o seu desejo de deixar o cargo que assumiu há cerca de seis anos. Ao longo destes seis anos, António Ramalho liderou o novobanco e conduziu-o com confiança durante um desafiante mas bem-sucedido processo de venda, e em particular nos últimos quatro anos concluiu a limpeza do balanço do Banco de todos os problemas do legado herdado do antigo BES”, lê-se no comunicado do banco.

O chairman do Conselho Geral e de Supervisão do banco, Byron Haynes, lembra que a saída de Ramalho acontece depois de o banco ter registado, pela primeira vez, “lucros consolidados ao longo de quatro trimestres consecutivos, bem como da realização de outros importantes marcos, incluindo o regresso ao mercado de capitais, o lançamento de uma nova marca e um novo modelo de negócio”.

“Faço questão em agradecer a António Ramalho a sua liderança ímpar, a sua dedicação e o seu contributo para garantir a viabilidade de longo-prazo do novobanco. António Ramalho foi o rosto da liderança de um processo de transformação do Banco, que incluiu a concretização de todos os compromissos definidos no Plano de Reestruturação”, acrescentou.

Por seu lado, António Ramalho sublinhou o “privilégio que constituiu a possibilidade de liderar uma vasta equipa num processo único e irrepetível, numa conjuntura adversa e em cujo sucesso poucos acreditavam, preservando um banco sistémico, milhares de postos de trabalho e um incontável número de empresas, e dessa forma o normal funcionamento da Economia Portuguesa”.

O Comité de Nomeações do CGS desencandeará agora os procedimentos necessários à sucessão de António Ramalho, que, para “garantir uma transição tranquila e sem qualquer perturbação”, vai permanecer no cargo de CEO do até ao início de agosto, após a apresentação dos resultados do primeiro semestre de 2022.