A 42.ª edição do Fantasporto, que tem lugar no Teatro Rivoli, no Porto, começou ontem e estender-se-á até dia 10 de abril, apresentando «o melhor do cinema fantástico», com 26 antestreias europeias e mundiais. A programação do certame circula entre géneros que vão do drama à comédia, passando pela ficção científica e a animação. Porém, o protagonista continua a ser o «terror». Dividido em quatro secções – Cinema Fantástico, Cinema Português, Orient Express e Semana dos Realizadores -, o concurso deste ano oferece 55 filmes oriundos dos quatro cantos do mundo «O Japão traz seis antestreias mundiais e duas europeias, os Estados Unidos têm no Porto uma antestreia mundial e uma europeia, e a China mostra uma produção em antecipação europeia. Os principais temas em exibição na tela do Teatro Rivoli são a pandemia, a guerra, a sustentabilidade, as redes sociais, a ocupação de zonas rurais, a ficção científica e a importância da tecnologia», diz a autarquia no seu site. Relativamente ao cinema nacional, há sete curtas-metragens e uma longa-metragem para ver em antestreia mundial.
Em entrevista ao i, o organizador do Fantasporto, Mário Dorminsky, interrogado sobre o motivo que levou a organização a retirar o filme russo, Vladivostok, da programação, o responsável respondeu que «foi uma posição política que decidiram assumir». «É absolutamente absurdo e criminoso o que a Rússia está a fazer à Ucrânia, por isso, tomámos a decisão de retirar o filme. Apesar de estarmos entre a espada e a parede e isso poder prejudicar as nossas relações futuras, tínhamos que tomar esta posição», explicou. Sem esquecer a Ucrânia, o festival terminará com o filme ‘Everything, Nothing and Something Else’, de Marina Kondratieva, que mostra a cidade antiga de Kiev. «Acabámos por comprar o filme, foi a nossa forma de apoiar a causa ucraniana», revelou.