PIB. 1.º trimestre poderá escapar aos efeitos da guerra

A garantia foi dada pelo Fórum para a Competitividade, na sua nota de conjuntura, ao apontar para um aumento do Produto 

“Ainda que a guerra venha a enfraquecer a economia, por múltiplos canais, tal não será muito nítido nos dados do 1.º trimestre, mesmo se os primeiros dados quantitativos conhecidos apontem nesse sentido”. A garantia foi dada pelo Fórum para a Competitividade, na sua nota de conjuntura, ao apontar para um aumento do Produto Interno Bruto (PIB) até 1,5% nos primeiros três meses do ano. 

A entidade liderada por Ferraz da Costa afirma que, depois de a economia ter enfraquecido em janeiro, em fevereiro melhorou, com os dados de atividade e os indicadores de confiança a darem esse mesmo sinal. No entanto, garantiu que, a partir daí, com o início da guerra instalou-se uma elevada incerteza, acompanhado pelo forte aumento dos preços da energia.

“Curiosamente, o indicador diário de atividade, calculado pelo Banco de Portugal, só começou a fraquejar a partir da segunda quinzena de março. É possível que a surpresa inicial tenha provocado uma inércia inicial, sobre os consumos correntes”, refere o documento.

O Fórum para a Competitividade afirma também que num cenário em que a guerra não se prolongue demasiado, os efeitos para a economia portuguesa serão limitados, lembrando que a maior parte das projeções, mesmo a nível internacional, exclui, por enquanto, um cenário de recessão das economias avançadas este ano.

“Em 2022, a desaceleração do PIB face às anteriores estimativas deverá ser inferior a um ponto percentual e a aceleração da inflação deverá rondar os dois pontos percentuais”