Pelo menos 16 pessoas ficaram feridas, na terça-feira, na sequência de um tiroteio numa estação de metro em Brooklyn, Nova Iorque, com as autoridades a afirmarem que também foram descobertos vários engenhos explosivos na plataforma.
O porta-voz da polícia de Nova Iorque confirmou à AFP, que “às 8h27 a polícia respondeu a uma chamada de uma pessoa alvejada no metro” de Brooklyn. Quando chegaram ao local descobriram várias pessoas feridas e diversos “explosivos que não foram detonados”, pode ler-se no Guardian.
O número de feridos foi avançado pelo corpo de bombeiros, que adiantou que dos 16 feridos, pelo menos dez tinham ferimentos de balas, contudo existem dúvidas se ainda mais pessoas foram baleadas
A imprensa norte-americana adianta que o suspeito do ataque foi identificado e que estará em fuga, descrevendo-o como um homem negro que utilizava uma máscara de gás e um fato de construção cor de laranja, que, segundo o New York Post pode significar que o atacante estava disfarçado de trabalhador.
Segundo fontes da NBC, o suspeito terá lançado uma bomba de fumo para distrair as pessoas do metro antes de efetuar os ataques.
Através de imagens divulgadas do local do incidente é possível observar várias vítimas deitadas no chão, cobertas de sangue, enquanto outras pessoas as tentam ajudar, aplicando pressão nas feridas de forma a estancar os ferimentos.
“A porta do meu metro onde estava a viajar abriu-se e mostrou uma calamidade. Só se via fumo, sangue e pessoas a gritar”, disse uma testemunha, Sam Carcamo, à AP.
Numa conferência de imprensa feita pela comissária do departamento de polícias de Nova Iorque, Keechant Sewell, esta revelou que nenhum dos feridos está em situação que coloque a sua vida em risco.
Questionado sobre a razão por trás deste incidente, Sewell, afirmou que, até ao momento, ainda não se sabe o motivo dos ataques. “Não sabemos o motivo neste momento, mas não estamos a descartar nada”, disse.
Um porta-voz do mayor de Nova Iorque, Eric Adams, citado pela BBC, pediu aos nova-iorquinos “que fiquem longe desta área para sua segurança e para que os socorristas possam ajudar os necessitados e investigar o caso”, numa altura em que todos os metros foram parados e as escolas situadas nesta região ativaram os protocolos contra tiroteios e os estudantes foram mantidos dentro das instalações.
A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, já avisou que o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi informado “sobre os últimos desenvolvimentos do tiroteio no metro de Nova Iorque”. “A equipe sénior da Casa Branca está em contacto com o presidente [Eric] Adams e com a comissária da polícia, [Keechant] Sewell, para oferecer qualquer assistência conforme necessário”.
O tiroteio no metro de Brooklyn é apenas mais um dos muitos incidentes de violência registados nos Estados Unidos, que tem vivido um aumento deste tipo de casos nos últimos dois anos. Este ano, em 322 incidentes de tiroteios, mais de 360 pessoas foram baleadas em Nova Iorque, segundo dados divulgados pela polícia, o que representa um aumento de 8,4% de incidentes desta natureza.
Este foi o 131º tiroteio em massa registado este ano nos Estados Unidos, segundo dados do site Gun Violence Archive. Só este ano, já foram reportadas 11 876 mortes relacionadas com violência com recurso a armas, pode confirmar-se na mesma base de dados. Pelo menos 5 144 pessoas foram vítimas de tiroteios.
Mais de 44 000 pessoas morreram em 2021, a maioria por suicídio, de acordo com o Arquivo de Violência Armada norte-americano.