O lucro dos CTT caiu 38,1% no primeiro trimestre deste ano para os 5,4 milhões de euros, um valor inferior em 3,3 milhões de euros ao registado em igual período do ano passado.
Segundo os Correios, o desempenho nestes primeiros três meses do ano “reflete um difícil comparável face ao primeiro trimestre de 2021 na medida em que a atividade associada ao comércio eletrónico nesse trimestre foi positivamente marcada pelos efeitos das restrições da pandemia de COVID-19, e uma parte dos ganhos então obtidos foi temporariamente revertida pelo regresso ao retalho físico”.
Mas não é só. Este período foi também penalizado “por um ambiente económico mais desafiador ao nível da confiança do consumidor, nomeadamente num contexto de aumento de inflação essencialmente devido às tensões geopolíticas na Europa decorrentes da Guerra da Ucrânia que impactaram o volume de comércio a nível global durante este trimestre”.
A empresa liderada por João Bento diz que, nesta medida, o impacto da redução transitória de atividade nestes três meses “foi especialmente visível nas receitas do expresso e encomendas”, tendo Portugal registado um decréscimo de 11,8% para os 31 milhões de euros e Espanha registado um abrandamento do seu perfil de crescimento para os 29,5 milhões de euros e no Correio e Outros por via do correio internacional de chegada, “o qual também continua impactado pelo fim da isenção de IVA em produtos extracomunitários de menor valor”.
Os rendimentos operacionais cresceram 14,3%, atingindo 234,7 milhões de euros, mais 29,4 M milhões de euros do que no mesmo período do ano passado, “acelerando a tendência de crescimento” desde o terceiro trimestre de 2021.
Já o EBIT recorrente alcançou 6,7 milhões de euros, uma quebra de 55,7% face ao trimestre homólogo, “fruto da queda registada no tráfego de maior valor e margem e dos custos associados à capacitação da rede de distribuição para o crescimento estrutural do e-commerce que se antecipa no mercado ibérico” mas o s CTT dizem que “há, no entanto, flexibilidade operacional para ajustar a capacidade, se necessário”.
Por sua vez, o Banco CTT “continuou o seu percurso de crescimento” nestes primeiros três meses do ano, com o EBIT recorrente a mais do que duplicar para 3,4 milhões de euros (+142,5%). “Para tal, muito contribuiu o crescimento da sua carteira de crédito auto, onde a produção atingiu o valor mais alto de sempre” com 60,3 milhões (+48,4%) bem como a carteira de crédito ao consumo, “impulsionada pela parceria com a Sonae”.