Média de casos diários de covid-19 continua a aumentar desde meados de abril

Tal como o i noticiou hoje, o número de casos diários também está a atingir valores que já não se registavam desde fevereiro. Na segunda-feira, Portugal diagnosticou mais de 20 mil novos casos num único dia, segundo indicam os dados da vigilância diária da Direção Geral da Saúde.

Portugal registou um aumento de casos de covid-19 desde meados de abril e tem agora uma média de infeções que ronda os 14.400 casos diários a nível nacional, confirmou, esta quarta-feira, o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

"O valor médio do índice de transmissibilidade (Rt) para os dias entre 02 e 06 de maio foi de 1,13 (média de 14.400 novos casos por dia)" em Portugal, indicou o relatório semanal do INSA sobre a evolução do vírus no país.

Note-se que desde meados do último mês, a média de casos a cinco dias tem vindo a subir: 8.931 infeções diárias entre 11 e 15 de abril, 9.474 entre 18 e 22 de abril, 11.153 entre 25 e 29 de abril e 14.400 entre 02 e 06 de maio.

O Rt subiu em todas as regiões do país face à última atualização, o que significa que existe uma tendência crescente de novos casos, sendo o arquipélago da Madeira a única região que apresenta este indicador abaixo do limiar de 1.

O Rt aumentou no Norte de 1,09 para 1,17, no Centro de 1,06 para 1,13, em Lisboa e Vale do Tejo de 0,98 para 1,11, no Alentejo de 0,97 para 1,13, no Algarve de 0,91 para 1,09, nos Açores de 1,04 para 1,10 e na Madeira de 0,83 para 0,86.

Todas as regiões apresentam também uma taxa de incidência superior a 960 casos por 100 mil habitantes em 14 dias. A mais elevada encontra-se nos Açores (2.334,8 casos), seguida do Centro (2.049,5) e do Alentejo (2.044,2).

Tal como o i noticiou hoje, o número de casos diários também está a atingir valores que já não se registavam desde fevereiro. Na segunda-feira, Portugal diagnosticou mais de 20 mil novos casos num único dia, segundo indicam os dados da vigilância diária da Direção Geral da Saúde.

A razão para este aumento de casos pode estar associada à circulação no país da nova linhagem da Omicron, BA.5, que a Organização Mundial de Saúde confirmou ontem ser mais transmissível, não havendo indícios de maior severidade. Segundo o i apurou, esta variante, detetada pela primeira vez no final de março em Portugal, está agora a tornar-se dominante.

Embora o país esteja a passar por uma fase ascendente da pandemia, o relatório da última sexta-feira da DGS e do INSA indicava que o número de pessoas com covid-19 internadas nos cuidados intensivos dos hospitais do continente correspondia a 23,5% do valor crítico definido de 255 camas ocupadas.

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